Hoje conversaremos sobre qual a melhor solda para utilizar em estruturas metálicas, começando explicando os três processos de solda mais utilizados na fabricação e montagem de estruturas metálicas são: ELETRODO REVESTIDO, MIG/MAG e TIG.
Qual utilizar? Onde utilizar? e Qual vale a pena utilizar? são algumas perguntas hoje que hoje te ajudaremos a responder. Porém para definir qual processo você deve utilizar, é importante conhecer quais as características de cada um, para encontrar vantagens e desvantagens entre eles.
É o mais antigo dos três tipos de solda para estruturas metálicas. O eletrodo e a peça de trabalho são condutores elétricos. Ao se conectarem, a condução da corrente elétrica passa por eles, afastando o eletrodo da peça. Forma-se um arco elétrico condutor de corrente, que superaquece o eletrodo e a peça de trabalho, causando a fusão dos metais do eletrodo e da peça na região de transferência desta energia. A alma do eletrodo, metálica e, portanto, condutora de eletricidade, está revestida por uma resina que, ao ser aquecida, queima e expulsa o oxigênio no momento da fusão. Assim, quando a alma do eletrodo se funde, o revestimento de desprende e libera gases que protegem a poça de solda do contato com a atmosfera.
A resina após resfriada fica em estado sólido novamente, dando a origem à escória, que fica sobre o local soldado. Para um bom acabamento, ela deve ser removida ao fim de cada passo. Sem a remoção da escória, fica prejudicada o acabamento visual da solda e dificulta a produtividade. A remoção requer trabalhos manuais pós-solda.
O eletrodo tem um tamanho específico e com isso não oferece adição contínua de material, o que reduz ainda mais a produtividade desse processo.
Apesar disso, é um processo muito utilizado, pois possui menor custo de aplicação em pequena escala e a aquisição do equipamento também é mais barata que em outros processos, tornando-o ainda hoje o mais popular e flexível.
No processo Mig/Mag, o eletrodo é substituído pelo arame de soldagem. Como adição de material, este arame é impulsionado pelo alimentador que o conduz através da tocha até a peça de trabalho. Neste caso quando o arame passa pelo bico de contato da tocha, ele recebe a corrente elétrica e, em contato com a peça de trabalho ocorre a abertura do arco elétrico. O ambiente da poça de fusão é mantido protegido pelos gases específicos para este processo: CO2, Argônio ou Mistura, dependendo da aplicação.
Diferentemente do eletrodo revestido, que manualmente você faz a aproximação mantendo o eletrodo que é consumido na mesma proporção a distância da peça, neste processo você deve manter uma distância constante entre a peça de trabalho e a ponta do arame de solda. Você regula a velocidade do arame nos controles do equipamento – velocidade de arame e amperagem – proporcionalmente até encontrar a regulagem adequada que tenha boa penetração, bom acabamento, baixo nível de respingos e ruído uniforme (barulho do processo de soldagem).
Este é um processo de alto rendimento e produtividade, com muita facilidade operacional.
Dos três, o processo de solda TIG é o que exige maior habilidade do profissional. Na prática, este processo requer uma habilidade parecida com a de um pintor artístico. Pode-se dizer que um bom “tigueiro” é um artista.
Este processo utiliza de um eletrodo de tungstênio como ponto de transferência do arco através da condutividade entre o eletrodo e a peça de trabalho. Diferentemente dos outros processos, este eletrodo é apenas um condutor e não é consumido ou incorporado ao material soldado. A função do eletrodo é de conduzir a corrente elétrica para aquecer o local a ser soldado, formar a poça de fusão, fundindo a peça com a outra parte ou com o material adicionado, que pode ser uma vareta do mesmo material.
O processo TIG, utiliza gás inerte na proteção da solda. A solda TIG pode ser trabalhada em duas formas de correntes. Isso se refere ao modelo de máquina e aplicabilidade de soldagem em diferentes materiais:
A produtividade da solda TIG é menor do que a dos outros processos, mas a qualidade da solda e a variedade de aplicação são muito maiores. Por ser mais confiável, é um processo utilizado em peças que precisam de uma solda de altíssima qualidade de acabamento e resistência, em tanques que exigem solda sem falhas, mordeduras, ranhuras em que esses pontos podem reter contaminantes como bactérias, em caso de tanques alimentícios ou farmacêuticos.
A solda TIG é um diferencial em aplicações em rodas de liga leve, sua penetração e acabamento são insubstituíveis.